segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O Calor e a EM



No verão as pessoas passam a maior parte do tempo sob o calor do sol equatoriano e assim exerce sua liberdade plena, portanto nos pacientes de EM isso causa um certo temor.
Como já foi comprovado o calor exacerba os sintomas da Esclerose Múltipla.
Vamos recordar a história da banheira de água quente para diagnosticar a doença...
Esse fenômeno de apresentar os sintomas em função do calor é conhecido como fenômeno de Uhthoff, o mecanismo fisiológico que envolve essa manifestação ainda é pouco entendida, mas acredita-se que como acontece em pessoas que não tem Esclerose Múltipla, quando o corpo atinge uma temperatura mais alta as fibras nervosas mielinizadas tendem a ter uma transmissão mais rápida.
Quando a temperatura corporal aumenta nos pacientes com Esclerose Múltipla essa transmissão nervosa que passa pelas fibras desmielinizadas tendem a ficar mais lenta em relação aos outros, o que faz levar aos sintomas.
O importante é que essa piora de sensações não quer dizer necessariamente que seja uma piora da doença e sim “seqüelas” de áreas lesadas. Portanto esse desconforto tende a melhorar com a redução da temperatura corporal e não significam surtos.
Quando se fala em aumento da temperatura, estamos querendo dizer que não precisa ser apenas a temperatura externa como o calor que faz lá fora, que nos deixa assim, mas vale lembrar também do aumento dessa temperatura provocada por alguns fatores como a febre, a intensa atividade física, piscinas aquecidas e até a utilização de alguns dos medicamentos para a o controle da EM, como é o caso de alguns interferons que aumenta a temperatura do paciente logo após a injeção. Isso no caso do medicamento, tende a melhorar com o tempo e com a tolerância da pessoa ao remédio.

O recomendado para enfrentar o calor é que as pessoas evitem exercícios que causem muito cansaço, banhos quentes e exposição prolongada ao sol, evitando principalmente os horários de 11 às 15h.
Sempre dar preferência a lugares climatizados com ar- condicionado, climatizadores ou umidificadores. Tomar muito líquido, principalmente água e também se render a cubinhos de gelo para aliviar o calorão e refrescar um pouco.


Se caso o calor provocar maior cansaço e forte fadiga, o ideal é o paciente conversar com o seu médico e caso o mesmo ache necessário, pode indicar uma medicamento coadjuvante desses sintomas.

O sol é benéfico ao metabolismo para fixação do cálcio e da Vitamina D, porém é necessário alguns cuidados como evitar os horários de sol forte, usar boné ou chapéu, usar óculos de sol, usar protetor solar e mantendo boa hidratação e uma alimentação equilibrada incluindo verduras e frutas, com esses pequenos cuidados fica muito mais tranqüilo curtir o verão.

Fonte:Texto escrito pelo neurologista da UNICAMP Dr. Leonardo de Deus Silva sobre o calor e a esclerose múltipla visando preparar portadores para o verão.

Dr. Leonardo de Deus Silva é Médico Neurologista pela UNICAMP, Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia, Mestre e Doutorando em neurologia na UNICAMP, Fellow em Neuroradiologia pela Universidade de Ottawa, Canadá.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Projeto de pesquisa



Devido a importância da análise do perfil respiratório e força muscular em indivíduos com EM, a fim de desenvolver um trabalho baseado no treinamento muscular respiratório, já que a fraqueza muscular e os comprometimentos pulmonares provocados pela doença podem contribuir significativamente para um avanço na doença e além disso a escassez na literatura sobre os efeitos do treino muscular respiratório em pacientes com esclerose múltipla, a acadêmica de fisioterapia da Unifra, Paula Copetti esta desenvolvendo seu trabalho de conclusão de curso sobre este assunto.

Quem estiver interessado em fazer parte desta pesquisa, poderá entrar em contato com a associação, que será encaminhado a pesquisadora Paula. Vale a pena conferir este projeto, já que seu resultado será de grande valia para todos os pacientes de EM.